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Mancha alvo na soja e sua incidência na safra 2021/22

29 dez, 2021

O fungo Corynespora cassiicola, que dá nome à doença Mancha alvo, é um patógeno que está presente na soja e, principalmente, no sistema soja-algodão. Nesse momento em que a safra de soja está em pleno desenvolvimento em Mato Grosso, nosso alerta é sobre o cenário da doença na cultura.

Nessa safra, a ocorrência da doença tem sido favorecida pela alta umidade relativa e precipitações, assim como ocorreu na safra 2019/20. O sistema de cultivo soja-algodão também favorece a proliferação do fungo, pois a palhada deixada pelo algodão cultivado antes da soja é uma excelente fonte de inóculo.

Os esporos do fungo que sobreviveram na palhada de algodão são facilmente liberados e disseminados para a superfície das folhas do terço inferior das plantas e, a partir dessas primeiras infecções nas folhas inferiores, o fungo se dissemina para as folhas superiores.

Quando as cultivares suscetíveis à Mancha alvo são atacadas, o principal sintoma observado é a desfolha das plantas, começando no baixeiro, onde as condições de umidade são mais favoráveis à ocorrência da doença. Ocorre que com a desfolha, o grão tem menos peso, a doença compete com o enchimento dele e, consequentemente, ele fica um pouco menor, afetando a produtividade. A margem de danos da Macha alvo é de 35% a 40% da lavoura.

Para o controle da doença, é recomendado aos agricultores o uso de cultivares mais tolerantes ao fungo, principalmente no sistema soja-algodão, onde o problema é maior. Rotação/sucessão de culturas com espécies gramíneas e o controle químico com fungicidas também são recomendados.

A Fundação MT alerta que é importante fazer a primeira aplicação de fungicida antes do fechamento da entrelinha para que o produto atinja o baixeiro da planta e evite que a doença se desenvolva para os terços médio e superior.

Este ponto leva em consideração a umidade no baixeiro, que favorece a cultura, ou seja, safras como a de 2021/22 em Mato Grosso, onde grande parte da soja está recebendo extensos períodos de molhamento foliar pela precipitação, a tendência é de que as entrelinhas fechem mais rápido e o ambiente mais favorável ao fungo se mantenha.

No período vegetativo não são encontradas tantas manchas na lavoura, pois a planta consegue, naturalmente, defender-se do ataque de patógenos. À medida que o estádio reprodutivo avança na cultura, grande parte do fotoassimilado da planta é direcionado para o enchimento de grãos e a defesa natural dela é consequentemente reduzida. Neste momento, é importante fazer as aplicações corretamente com intervalos de 14 dias para se obter um manejo de sucesso.

Também é importante destacar que são indicados tanto os fungicidas sítio-específicos, quanto misturas com multissítios, com destaque para o desempenho do Mancozeb.

Para saber mais

Em todos os Centros de Aprendizagem e Difusão (CAD) da Fundação MT (Médio-Norte, Norte, Oeste, Petrovina, Primavera e Sul) são desenvolvidos experimentos de pesquisa aplicada envolvendo a Mancha alvo, com foco em manejo no sistema de cultivo soja-algodão. Nos eventos da instituição, os produtores podem conhecer as pesquisas e resultados.


Evento

A Fundação MT em parceria com o Senar/MT realizam no dia 15 de janeiro de 2022 no CAD Oeste em Sapezal o Circuito do Conhecimento com foco em Mancha Alvo. Procure a Fundação MT para mais informações.

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