10 out, 2022
O manejo
de pastagem nunca foi uma prática muito habitual entre os pecuaristas, mas nos
últimos tempos, isso tem mudado. O aumento de áreas degradadas aliada ao avanço
e pressão das lavouras, obrigou muitos criadores de gado a serem mais
eficientes em suas áreas para não ficarem pelo caminho. Com esse cenário,
cuidar do pasto virou prioridade, afinal, tratá-lo como uma cultura, é a
maneira mais econômica e rentável de garantir alimento de qualidade aos
animais.
Em sua essência, o manejo de pastagem é conjunto de ações realizadas
pelo homem nos componentes produtivos sem prejudicar o meio ambiente. Entre
essas ações podemos citar: correção e adubação do solo, suplementação
estratégica, controle de invasoras, pragas e doenças e irrigação.
De acordo com a zootecnista, Camila Fernandes Domingues Duarte, do
Gepasto – UFR (Grupo de Estudo e Pesquisa em Forragicultura e Suplementação a
Pasto) de Rondonópolis/MT, um dos pontos importantes a se atentar quando
busca-se uma intensificação a baixo custo é a adubação. “Ao adubar,
consequentemente o criador vai melhorar a produção da forragem, garantindo
maior taxa de lotação por hectare, o que aumentará o desempenho e resultará em
mais ganhos financeiros”, diz.
Detalhes importantes
Um
eficiente manejo do pastejo, tem entre seus objetivos garantir a lucratividade
do sistema produtivo e manter a perenidade e a produtividade da planta forrageira
e do animal. Para isso algumas dicas são importantes:
1 -
Excesso de capim é similar a alimento vencido;
2 - Pasto
rapado é mesa vazia - Não ultrapassar a altura mínima do capim, pois além de
plantas daninhas, quando vedado não volta, seca mais rápido e não absorve
nutriente;
3 -
Controle a altura do pasto ao longo do ano.
De acordo
com a zootecnista, o manejo do pasto através
da altura ainda é um dilema para os pecuaristas gerando muitas dúvidas.
“O produtor sabe a altura que tem que manejar, mas muitas vezes não consegue
por isso em prática. Então, o grande desafio é como ele vai aplicar essa altura
do pastejo na propriedade. Entre as opções há a possibilidade de uso da régua,
ou ainda a marcação no poste da cerca”, destaca.
Ainda segundo a especialista, um dos segredos para o pecuarista ser ainda mais eficiente é ele entender que a planta responde conforme a gente trata ela. “A pastagem, além de nutrientes, ela precisa ser respeitada quanto a quantidade de folhas residuais, capacidade de suporte, cuidados com sua manutenção, entre outros detalhes”, finaliza Camila.
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