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Produtor de MT consegue alta produtividade na safra de milho

21 dez, 2022

A fazenda Santo Antônio do Desejado fica no município de Nova Ubiratã, próximo à Sorriso-MT e é gerida por Cristian Dalben, produtor rural há 14 anos. Ele conta que o cereal, segunda safra, tem alcançado a mesma rentabilidade ou até maior do que a soja. Destacou ainda que a altitude média da propriedade é de em torno de 460 metros e o índice pluviométrico anual é de 1.800 a 2.100 mm.

Dalben semeou milho em janeiro de 2021, sendo que a partir disso houve precipitação de 108 mm. Já a safra de soja, começou o plantio em 9 de outubro, com algumas propriedades iniciando bem mais cedo. Nas áreas do produtor, a chuva veio só dia 8 de outubro, fazendo com que atrasasse um pouco a semeadura do milho em 21 de janeiro.  

Ainda de acordo com ele, nas semeaduras feitas a partir de 10 de fevereiro, foi possível visualizar decréscimo acentuado na produtividade, em decorrência da falta de chuva. Dalben realizou adubação e aplicação de fungicida em todas as áreas, praticamente desde o começo do plantio. Ainda assim, segundo o produtor, houve diferença de produtividade.

O agricultor faz o uso de bordaduras com braquiária e esse ano diz que vai cultivar 2.000 ha com milho. Os desafios para essa safra são a quantidade de chuva e o controle de pragas e doenças. Ele cita o percevejo-barriga-verde (Dichelops furcatus), que há pelo menos quatro safras está presente em suas áreas. O plano é estar sempre atento, monitorando, realizando aplicações na palhada e até antes do plantio.

Já a cigarrinha do milho é uma praga nova e apareceu há uma ou duas safras na região e, com cautela, ele realiza de três a quatro aplicações de produtos para o seu controle.

Outros detalhes

Dalben investiu bastante em adubação e aplicação de fungicidas, colhendo bons resultados nas primeiras áreas semeadas com milho, já que nelas as chuvas foram maiores. Em um talhão, a produtividade chegou a 211 sacas/ha. Neste ele conta que desenvolve um projeto com carbono há seis anos. O produtor fez cobertura verde, plantou milho em metade da área e na outra metade braquiária, colhendo os frutos desse ajuste do solo.

Aprendizado

O produtor cita que o milho suporta estresse hídrico mais ao final do ciclo, que realizará o uso mais racional da adubação, utilizando-a no começo da safra, tentando buscar altas produtividades e depois diminuindo gradualmente, conforme o avanço da época de plantio.

Ele diz que muitos produtores não aplicaram fungicidas devido ao corte cedo das chuvas, o que resultou em plantas doentes, com estresse e até morte. As áreas que receberam aplicações de fungicidas apresentaram plantas mais sadias, e consequentemente, toleraram um pouco mais esse corte de chuva precoce. Por isso, ele pretende fazer três aplicações de fungicidas mesmo se a chuva cessar antes. Vai investir também em nutrição balanceada, com o uso de aminoácidos, bioestimulantes, que são importantes para a planta resistir à cigarrinha, aos enfezamentos e aos estresses abióticos. 

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