29 set, 2022
Pragas, plantabilidade, dessecação de
plantas daninhas e uso de pré-emergentes pautarão um bate papo online e
gratuito da Fundação MT no próximo dia 4 de outubro
O plantio bem feito de uma nova safra,
com a ajuda das ferramentas disponíveis, é fundamental para o bom
desenvolvimento de qualquer cultura, pois é uma das etapas que podem garantir
altas produtividades. Na soja, isso não é diferente. Para ajudar o produtor
rural a entender este cenário do início do ciclo 2022/23, a Fundação de Apoio à
Pesquisa Agropecuária de Mato Grosso (Fundação MT) realiza no próximo dia 4 de
outubro, a live “É Hora de Plantar – Cuidados com o Plantio”, através de
sua página no Youtube, a partir de 19h de Mato Grosso.
Diferente de outros anos, em que a
instituição promovia palestras em formato presencial como parte do Programa de
Difusão de Tecnologia da Fundação MT, agora os eventos retomam no formato
online. “O objetivo é levar para o produtor informações importantes e
relevantes para um momento crucial da safra, o do plantio. Informações como
tratamento de sementes, controle de plantas daninhas e uso de pré-emergentes,
assim como aspectos ligados à qualidade do plantio”, destaca Luis Carlos,
gerente de marketing e relacionamento da instituição.
O bate papo é gratuito e abordará temas
essenciais como pragas, plantabilidade, com o pesquisador, Marcelo Franchi e
ainda dessecação de plantas daninhas e uso de pré-emergentes com o também pesquisador
e doutor, Lucas Barcellos.
Evite dor de cabeça com as pragas
A entomologista e pesquisadora da
Fundação MT, doutora Lucia Vivan, destaca o cascudinho-da-soja (Myochrous
armatus), como uma das pragas iniciais de soja que merece atenção por parte
do produtor. O coleóptero tem ocorrido de forma frequente nos últimos cinco
anos em áreas de Mato Grosso, com maior incidência na região de Rondonópolis,
Itiquira, Primavera do Leste e Campo Verde, mas já se têm relatos de ataques em
outras regiões.
De acordo com a pesquisadora, o ataque dos adultos ocorre, geralmente, poucos dias após a emergência das plantas de soja, e também está relacionado com o período de início das chuvas. “É importante que o produtor fique atento nas áreas onde tem histórico da presença do inseto, pois eles se concentram no caule e causam o tombamento e a morte das plântulas. Por isso, o principal dano dessa praga nos estádios iniciais de desenvolvimento da cultura é a redução do estande de plantas, o que pode impactar diretamente na produtividade”, indica Lucia.
Uma das ferramentas indicadas e
indispensável para o controle do cascudinho é o tratamento de sementes, pois
oferece proteção inicial para as plântulas de soja na fase crítica de ataque do
inseto. Além disso, a entomologista ressalta que em áreas com altas
infestações, geralmente são necessárias aplicações foliares para minimizar os
danos desta praga.
Outras pragas
Outra praga que pode ocorrer neste
início de implantação da cultura em áreas mais arenosas e, principalmente, se
houver um período de veranico, é a lagarta elasmo (Elasmopalpus lignosellus).
A atenção também deve ser para os corós da soja, Phyllophaga cuyabana e P.
capillata, que, se presentes, irão consumir as raízes, afetando o
desenvolvimento das plantas. Segundo a doutora Lucia, para essas o tratamento
de sementes é igualmente importante.
Algumas regiões de Mato Grosso têm
incidência de lagarta Helicoverpa armigera nos estádios V2 a V3 da soja,
principalmente em áreas com o sistema soja-algodão. Portanto, “é importante
sempre monitorar as áreas e fazer os manejos quando for necessário para evitar
a colonização e o comprometimento a partir do estádio R1”, explica a entomologista
da Fundação MT.
Participe
A live ‘É Hora de Plantar” vai
esclarecer com mais detalhes todos esses assuntos, especialmente com
recomendações de manejo e sanar dúvidas que poderão ser enviadas ao longo do
evento. Acesse a página www.youtube.com/user/fundacaomt e participe.