20 jul, 2022
Aumento no número de áreas de conhecimento e de
pesquisadores, além de expansão do território de pesquisa e lançamento de nova
marca, são acontecimentos da nova fase da instituição que está próxima de
completar 30 anos
A Fundação de Apoio à Pesquisa Agropecuária de Mato
Grosso (Fundação MT) nasceu há quase 30 anos, a partir da união de produtores
rurais com o objetivo de encontrar soluções para o desenvolvimento da
agricultura em uma região com muitos desafios no cultivo de soja, milho e
algodão. Conhecida por seu constante movimento, a instituição chega agora a uma
nova fase que reflete o dinamismo do agronegócio, e traz expansão e mudanças
nas suas áreas de conhecimento, novos pesquisadores, pesquisas a campo em mais
regiões do Estado e ainda o lançamento de sua nova marca.
“A Fundação MT sempre foi protagonista. No início,
foram desenvolvidas as áreas que tínhamos necessidade e, acompanhando as
mudanças da agricultura, outras áreas de conhecimento passaram a fazer parte,
sempre com o intuito de colocar luz às necessidades do Centro-Oeste e para
levar ao agricultor soluções aplicáveis”, declara Odílio Balbinotti Filho,
presidente do Conselho Curador da instituição. Hoje, nove áreas estão no escopo
de pesquisa aplicada, geridas por 16 pesquisadores - jovens talentos e
profissionais de ampla bagagem, que juntos com suas equipes realizam
trabalhos no campo e em laboratório.
Sobre os profissionais que fizeram e fazem parte
dessa história, o presidente pontua que este é também um processo educacional.
“É outro trabalho muito importante da Fundação MT, os técnicos que vieram
trabalhar, estiveram conosco algum período e depois de adquirirem o
conhecimento e a experiência gerados pela instituição, foram para o campo e
hoje são consultores, dão assistência aos agricultores e com isso possibilitam
a ampliação desse conhecimento para toda a agricultura”.
Ele completa que essa contribuição na formação de
mão-de-obra super especializada, permite que o conhecimento científico esteja
hoje ainda mais próximo da classe agrícola não só de Mato Grosso, como de
outros estados do Brasil e de países vizinhos. “A Fundação MT não conseguiria
fazer isso sozinha. Esses profissionais trabalharam conosco e aprenderam muito,
e hoje continuam juntos dos produtores”, completa Balbinotti.
Novas áreas
A reestruturação da Fundação MT para chegar a esta
fase atual teve início em 2021, com a criação das novas áreas de Data Science,
Matologia e Pecuária de Corte. Junto às já existentes Entomologia,
Fitopatologia e Biológicos, Fitotecnia,
Nematologia, "Solos, Nutrição e Sistemas de Produção",
Mecanização Agrícola, Tecnologia de Aplicação e Variabilidade Espacial, formam
nove áreas dedicadas à pesquisa.
O trabalho da Pecuária de Corte desenvolve projetos
em parceria com a Associação dos Criadores de Mato Grosso – Acrimat e com o
Instituto Matogrossense da Carne - Imac, com foco na sustentabilidade econômica
e ambiental da pecuária de corte. Já Data Science, é uma área bastante
promissora aos olhos da instituição e da classe agrícola. Isso porque foi
criada para agregar valor a pesquisa gerada pela organização, contribuindo em
novas abordagens estatísticas, inteligência artificial, automação de avaliações
e na organização do banco de dados da Fundação MT, permitindo a criação de
nosso próprio Big Data.
Através do serviço de consultoria oferecido à
classe agrícola, a Fundação MT realiza etapas de amostragem de solos,
planejamento das culturas, recomendação de fertilizantes e corretivos, manejo
fitossanitário, posicionamento de variedades, acompanhamento dos campos, entre
outros. Todos os dados são inseridos na plataforma FMT ID, com acesso
facilitado via aplicativo e web para o produtor e suas equipes tomarem as
melhores decisões baseadas na gestão de dados de suas propriedades. Em 2022, a
área de Nematologia passará a oferecer serviços de consultoria e testes de raça
para nematoides do cisto.
Já a Matologia, desenvolve pesquisas para o posicionamento
das principais tecnologias e biotecnologias disponíveis atualmente e no futuro
para o manejo de plantas daninhas. Essa área trouxe como inovação a Escola de
Herbicidas – um novo modelo de treinamentos da Fundação MT que já formou mais
de 200 pessoas, e tem o objetivo de oferecer reciclagem de conhecimento. A
ideia é resgatar a informação da eficácia e seletividade dos herbicidas,
especialmente aqueles que foram muito utilizados no passado e que estão
voltando para o mercado. Assim como, são abordadas as misturas e doses dos
produtos em diferentes cenários de controle. A capacitação acontece na prática,
nas culturas de soja, milho e algodão, com testes de tecnologias de aplicação
na pré e pós-emergência.
Outra mudança está relacionada à expansão das
pesquisas a campo, hoje regionalizadas em seis Centros de Aprendizagem e
Difusão (CADs), localizados em Nova Mutum, Itiquira, ambos mais antigos, além
de Sorriso, Sapezal, Serra da Petrovina em Pedra Preta e Primavera do Leste com
um ponto de apoio em Campo Verde, dessa forma abrangendo grande parte o Estado.
“Antigamente, nós buscávamos produtores parceiros que nos ajudavam, que
continuam nos ajudando hoje, mas com menos intensidade, então as pesquisas
estão sendo feitas em nossos CADs e assim otimizamos as operações, temos mais
controle sobre o ambiente, mais informações e pesquisas com mais qualidade”,
destaca Francisco Soares, presidente da instituição.
Laboratórios
Nesta nova etapa, a Fundação MT também se preocupou em oferecer aos produtores trabalhos desenvolvidos em seus laboratórios de pesquisa aplicada em Entomologia, Fitopatologia e Nematologia. Hoje, a classe agrícola já pode contar, por exemplo, com a possibilidade da compra de insetos vivos em todas as fases de desenvolvimento, kits de identificação de pragas, bioensaios de produtos químicos e biológicos, além da contratação de testes de qualificação de plantas Bt (Laboratório de Entomologia). Também estão sendo disponibilizados testes de raças de nematoides, venda de inóculos, consultoria e coleta de amostras, análises laboratoriais, orientações de manejo e acompanhamento durante toda a safra (Laboratório de Nematologia). E ainda blotter test para sanidade de sementes e testes in vitro (Laboratório de Fitopatologia).
Nova marca
Lançada no dia 1º de julho, a nova marca da Fundação MT utiliza o mesmo conceito da anterior, mas com o símbolo redesenhado, que agora ganhou mais corpo, movimento e vida. Usando formas de folhas, remetendo ao desenho de uma pessoa, razão pela qual a pesquisa da instituição busca os melhores resultados há quase 30 anos. A inclinação para a direita traduz dinamismo e o sentido de futuro. A proposta é moderna, atual e humanizada, com tipografia forte, simples e memorável.
Para Soares, a marca traz quase 30 anos de
história, é muito conhecida e valiosa. “Eu vejo a Fundação MT em evolução e
modernização, acompanhando a juventude, pois o perfil do agricultor está mais
jovem, mais digital. Os pais vieram aqui na década de 80 e 90, criaram um
patrimônio e o Estado pujante que vivemos hoje. Tudo está sendo passado para
uma segunda ou terceira geração, são comportamentos e laços diferentes, então
nós temos que nos adaptar aos novos desafios, a evolução é dinâmica na
agricultura”, destaca.
Para Odílio Balbinotti, a agricultura do Centro-Oeste se confunde com a Fundação MT, pois ela é uma “iniciativa que permitiu avanço, com velocidade, e a competitividade do segmento em nível nacional”. Ele ainda ressalta que a instituição foi criada pelo próprio agricultor, sem dinheiro público, com doação do tempo deles. “O objetivo era uma fundação imparcial, sempre trabalhando com ética. Só fazia sentido um trabalho dessa forma”, finaliza.
Fundação MT: Criada em 1993, a instituição tem um importante papel no desenvolvimento da agricultura, servindo de suporte técnico ao meio agrícola na missão de prover informação técnica, imparcial e confiável que oriente a tomada de decisão do produtor. A sede está situada em Rondonópolis-MT, contando com três laboratórios e casas de vegetação, seis Centro de Aprendizagem e Difusão (CAD) distribuídos pelo Estado, nos municípios de Sapezal, Sorriso, Nova Mutum, Itiquira, Primavera do Leste e Serra da Petrovina em Pedra Preta. Para mais informações acesse www.fundacaomt.com.br e
baixe o aplicativo da instituição.